Ana Coelho Duarte - Bride To Be Concept Store
Ana Costa Ana Costa
Cruzámo-nos há quase 9 anos, e desde essa altura que somos Amigas, como as Amigas são, com os seus altos e baixos.
Temos acompanhado os sucessos e as tristezas uma da outra. Os diversos projectos em que embarcou e as viagens que partilhámos.
A Ana é uma insatisfeita por natureza, sempre no bom sentido, procura sempre uma brecha no mercado para se afirmar.
Não me quero enganar, mas desde que nos cruzámos, ficou desempregada, já fez bolos, já fez festas de aniversário, já escreveu um livro, teve um espaço de festas infantis, é wedding planner com a Save the Date, e desde Janeiro de 2019 tem a Bride to Be, uma concept store, com a sua própria linha de vestidos.
Uma lutadora por natureza, teimosa do seu jeito, mas sempre com a palavra certa no momento exacto.
Como é ser Mãe de 3+1 e uns quantos patudos?
Fui mãe muito cedo, numa idade que não é suposto ser mãe. Não tinha maturidade e deixei de fazer a maior parte das coisas que os meus amigos faziam na altura, as viagens com eles, as noitadas, as saídas, tudo isso ficou para trás. Mas não trocava por nada. Claro que nem sempre foi bom, as dúvidas e as angústias próprias da ingenuidade.
Nem sempre sei se tomei as melhores decisões, mas agora que olho para eles e os vejo já adultos fico com a certeza que se não fiz tudo bem, estive lá perto, claro que o mérito é quase todo deles, 3 seres absolutamente singulares, fantásticos e perfeitos nas suas imperfeições. Com o meu filho emprestado sinto também um amor imenso, não é meu filho e os amores não são iguais, há varias gavetas no meu coração e, seria mentira se dissesse que o amor é igual. Mas quero para ele o mesmo que para os meus filhos, amor, saúde e muito sucesso. Que sejam os 4 pessoas realizadas!
Quanto aos patadus, sou a maior mãe babada, nunca me deixaram ter cães e foi preciso ter chegado a uma idade já madura para realizar este sonho.
Sou de facto uma mãe muito babada dos meus 3+1+2 filhos.
Entre tantos projectos e sempre com uma garra e sucesso inegável, qual o projecto que te deu mais gozo?
Projectos gosto de todos os que faço, há alturas que duvido de tudo e me apetece desistir. Há outras alturas que a euforia é tanta que me apetece fazer mais coisas. Ser empreendedora com uma capacidade financeira, limitada, como a minha é muito redutor, mas resiliência é talvez a palavra que me define, ou isso, ou teimosia e, nunca consigo desistir por piores que sejam os dias.
O mais preferido de todos, balanço entre a linha de vestidos de noiva que desenho e produzo e wedding planner, o sorriso da noiva quando chega ao local da cerimónia é "priceless".
Sou autora de um livro de decoração e planeamento de festas infantis, a modéstia não me deixa…bem estamos entre amigas…deixa sim, dizer que fui a primeira portuguesa a ser convidada por uma Editora de referência a escrever sobre esta área. Deu gozo mas nao me envaidece, encaro como mais um projecto.
Queres contar um bocadinho o dia do teu casamento? Onde foi e como foi?
O dia do meu casamento foi absolutamente fantástico, só não foi perfeito porque não estiveram presente os meus filhos e os meus amigos que adoro.
Girly como sou, consumi os episódios e os filmes todos do “Sexo e a Cidade” (mais do que uma vez) e claro, também eu, em algum momento sonhei ter aquela história, viver naquela cidade com aquelas amigas. Portanto na ausência dessa vida, o sonho era casar em New York City. Eu e o Hugo íamos passar a Passagem de Ano, na cidade que não dorme e, que melhor altura para casar?!
Decidimos que íamos só os dois mas só casaríamos se os nossos filhos nao ficassem ofendidos por não irem e apoiassem a ideia, que acabou por ser super bem recebida por eles e muito apoiada.
O processo em NYC era completamente desconhecido para nós, lemos algumas coisas mas não havia certezas se íamos conseguir casar, por isso, não contamos a ninguém, tratamos de tudo lá e casámos na presença de dois amigos nossos que foram nessa viagem, eu vestida de saia de tutu e camisa de ganga com -6 graus. E só no dia do casamento demos notícias ao mundo, confesso que ainda hoje há amigos que pensam que foi uma brincadeira, mas não foi. As fotos da praxe foram tiradas na Ponte de Brooklyn, o almoço foi um Hot Dog numa das roloutes ao lado da City Hall e até atirei o bouquet de noiva em Times Square, tive direito a tudo o que uma noiva sonha.
És Feliz?
Sim, sou feliz. Já não tenho mãe nem pai e isso em alguns momentos reflete um estado de espírito menos bom. Mas recuso-me a ver o copo meio vazio, para mim está e estará sempre meio cheio, por inconsciência ou infantilidade gosto de pensar que tudo vai acabar por ficar bem.
Quais são os teus projectos para o futuro?
Aprendi a não fazer grandes planos, na minha vida profissional sou obrigada a isso, ainda assim faço planos de médio alcance, tinha o ano de 2020 todo planeado e por causa de um maldito vírus tudo foi abaixo.
Na minha vida pessoal acredito nos sinais que a vida me vai dando e também não faço grandes planos, vou deixando a acontecer, vou gerindo. Há vezes que corre muito bem e outras nem tanto.
Obrigada!
Obrigada, Eu
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